segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O santo e o cavalo


Em furiosos cavalos de pau galantes guerreiros
conquistaram as américas e a oceania,
fogos desentranharam do céu dos céus
a espada da lua, pela qual anjos e demônios
reduzem ao pó ônibus e botequins, desde que o Sonho
foi destacado do Caos e a multidão passou a esperar
além do sol, pelas revelações do louco.

As lendas não superam o som da estrada
engasgado nas curvas entre o santo e o cavalo,
sigamos mochilas nas costas, estrelas no relógio,
anjos guardando a tenda nos pontos cardeais
controlam o velocímetro-selvagem da razão fumegante
do Amor e da Fortuna.

O santo e o cavalo deixam lógica a flor,
se o meu passo é encapuzado
os olhos estendem o sexo
louco e eterno pela fêmea,
delirada na vontade como a fome
revela a pimenta na carne.

O sol divide a lógica entre o felino e a serpente,
é crime? desejar a mulher permanente
além do tempo e dentro da atitude,
se o saber é domar a fera que ilude
o presságio, a consciência desperta para o sonho.

A sorte busca o amor, e não é fácil
dormir coberto de estrelas e esquentado
pelos cães, mas a verdade deve nós
a existência, e ainda que a noite
junte o prazer ao motor, espero
na mulher muito além do conveniente.


Lobbo

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/eriko

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