segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Consumo ou sem sumo eu sumo


Compro uma vida
que sirva de analgésico
entorpecido não sou feliz
quero um sonho epilético

Vendo,
Sonhos a prazo
Há prazo pra sonhar
A meninice abre pra leilão
O que a velhice vem arrebatar,

Alugo,
Um prazer que trago na algibeira
E há quem queira
O niilismo consumista
Antropofágico,
De se auto-consumar,

Doou,
Doa a quem doer,
Doou tudo que não meu,
Pra ficar sem um eu em mim,
Pra ficar assim
Livre da obrigação de ser

Douglas Alves
http://www.abra-tecerebro.blogspot.com

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