terça-feira, 31 de julho de 2007

Beijos

Os lábios se encostam
Derrepente se envolvem
Em movimentos bruscos.
As línguas se unem
Numa sensação volúpia de desejo.
As mãos enlaçadas na cintura
Puxa um corpo para junto do outro
Edificando o tesão nas molduras percorridas.
Os suores juntam-se em só gota
As mãos navegam em descoberta
Procurando o ponto mais fraco,
Para conquistar.
Com os olhos fechados
A imaginação se junta a um só sonho
Os corpos já não se agüentam mais.
A carne é fraca
A vontade é muita
E o concretismo humano
Já começa a derreter-se no abstrato
A voz trêmula aos ouvidos
Leva-nos ao assédio
E ao infinito da vida.
Numa atitude desesperadora de nos amarmos
Entregamo-nos ao desejo dos beijos...
E vamos além
Do que conhecemos, por amor.

Glauberto poeta
www.recantodasletras.com.br/autores/glaubertopoeta

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